Veja aqui a análise tática da Final da Champions League. Juventus 1 x 3 Barcelona.
A escalação de três volantes de marcação impediram que o Inter conseguisse os contra-ataques |
O Internacional pode usar o 4-3-2-1 fora de casa, desde que Aguirre escolha melhor as peças
Não é um sistema tático novo para o Internacional. A
estratégia de Diego Aguirre, com o 4-3-2-1 e esta escalação, é ter um
contra-ataque forte com Valdívia e Nilmar, na velocidade, e Alex, na qualidade
do passe. Os dois volantes pelos lados, Nilton e Alan Ruschel, servem tanto
para apoiar os meias-atacantes abertos quanto os laterais na marcação.
Aguirre erra ao utilizar dois volantes de marcação duros e pesados como Nico Freitas e Nilton
O problema é que o apoio dos volantes aos meias-atacantes
pelos lados fica prejudicado pela pouca qualidade técnica deles, volantes. Além
disso, Aguirre escolheu mal os volantes para este tipo de jogo. Os meias palmeirenses
são velozes, passam a bola com qualidade e trocam de posições numa dinâmica que
volantes pesados como Nilton e Nico Freitas não conseguiam acompanhar. Escalar
dois (se fosse apenas um, como primeiro-volante, tudo bem) volantes pesados
contra um time que joga exatamente envolvendo o meio campo adversário foi um
erro. O primeiro tempo de amplo domínio do Palmeiras mostrou isso. Além disso,
os laterais utilizados são mais talhados para a marcação que para o apoio.
O segundo tempo foi completamente diferente. O Internacional
começou marcando o Palmeiras no campo adversário, pressionando a saída de bola.
Atrapalhou o Palmeiras, mas não ajudou o Inter. Isso aconteceu simplesmente por
que, quando roubava a bola, o Internacional não tinha qualidade para chegar ao
gol do Palmeiras.
O cenário mudou quando Aguirre começou a utilizar toda a
qualidade que o elenco do Internacional tem. Colocou Anderson no lugar de Alex,
apagado, e houve uma melhora discreta. Anderson deveria ter entrado no lugar de
um dos volantes laterais. Aguirre corrigiu novamente seu time ao colocar um
centroavante (Rafael Moura) para auxiliar o isolado Nilmar e um atacante de
velocidade pelo lado (Vitinho). O mais importante não foi, exatamente, a
entrada de jogadores mais qualificados tecnicamente, mas a mudança de postura
tática do time.
O Internacional passou a atuar com apenas um volante de
marcação (Nico Freitas), dois atacantes de velocidade (Nilmar e Vitinho), um
centroavante e um volante-armador recuado (Anderson). Alan Ruschel, que começou
como volante pela esquerda, foi deslocado para a lateral esquerda.
O time passou não só a atacar mais, e com mais qualidade,
como freou o ímpeto ofensivo do Palmeiras. O jogo ficou aberto. Diego Aguirre
parece não gostar muito deste tipo de cenário. O que Aguirre precisa entender é
que, num jogo aberto, o Internacional leva vantagem sobre a maioria dos
adversários porque tem jogadores decisivos, que sabem finalizar e fazer gols.
Tanto que o Palmeiras pouco ameaçou o Inter nessa fase do jogo. O contrário, no
entanto, não é verdade. O Internacional só esteve perto da vitória quando o
jogo ficou lá e cá.
É possível fazer rotação no elenco e, ainda assim, utilizar jogadores melhores e mais adequados dentro de planos de jogo para pressionar no ataque ou usar o contra-ataque
Como já chamávamos a atenção por aqui, quando analisamos as
variações táticas do Internacional, o time gaúcho consegue controlar e ganhar
jogos mesmo quando não joga bem. Está correto variar tática e escalação de
acordo com o adversário e o contexto da partida. O problema não é esse. O
Internacional pode ganhar partidas jogando bem. Basta Diego Aguirre colocar o
melhor do seu qualificado elenco para jogar, mesmo com rotação de atletas.
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