Fluminense
O Fluminense praticamente não ameaçou o Atlético Mineiro. Armado no 4-4-1-1, o Fluminense foi um time confuso, sem força ofensiva e totalmente perdido no meio campo. Jean, que normalmente atua como volante e até como lateral direito, jogou pelo lado esquerdo na linha central de quatro jogadores. Gérson, jogando pelo lado direito, às vezes revezava com Jean, trocando de lado, ou com Vinícius, meia-atacante que encostava em Fred, centroavante.
O meio campo em linha funciona se todos avançam e voltam em bloco. Da maneira que o Fluminense implementou o esquema, o time abre buracos pelos lados, já que os meias abertos avançam, e deixa os dois volantes centrais correndo de um lado para o outro tentando marcar o time adversário.
No segundo tempo, o técnico Ricardo Drubscky colocou o time no 4-3-3 para tentar reduzir a vantagem do Atlético de 2 a 0 no primeiro tempo. O time piorou. O problema do Fluminense era fazer a bola chegar ao ataque, com menos gente no meio campo — mesmo agora contando com um armador como Wágner —, a tarefa tornou-se praticamente impossível. Quando a bola chegava para o trio de atacantes formado por Lucas Gomes (direita), Fred (centro) e Magno Alves (esquerda), eles estavam muito afastados e sem o apoio de meias para preencher o meio campo. Além disso, eles não voltavam para recompor o meio campo.
Atlético Mineiro
O técnico Levir Culpi colocou o Atlético Mineiro no 4-1-4-1 e, pela primeira vez no ano, este esquema funcionou. Rafael Carioca foi o volante à frente dos defensores e atrás da linha de quatro meias. Na verdade, a função dos quatro foi meia-atacante. Thiago Ribeiro foi o menos efetivo deles e ainda não fez uma boa partida pelo Atlético desde que foi contratado.
Luan e Dátolo foram posicionados no miolo da linha de quatro central. Luan pela capacidade de chegar à frente, recompor e roubar bolas, e Dátolo pela capacidade de armação e técnica nos passes. Pelo lado esquerdo, o atacante Carlos desempenhou corretamente a função de um meia pela extrema no 4-1-4-1. Com um meio campo extremamente dinâmico, o Atlético engoliu o Fluminense nesse setor.
Além de não dar espaços para a armação adversária, os meias atleticanos contaram com o apoio de Lucas Pratto, que voltava para ajudar a armar e, também, a marcar, quando algum jogador da linha de quatro chegava ao ataque e não conseguia voltar a tempo para recompor a linha central. Os laterais também foram importantes no apoio e na marcação, com destaque novamente para Patric, que foi o melhor jogador do Atlético no jogo de volta contra o Internacional na Libertadores e hoje foi novamente muito bem contra o Fluminense.
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