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Análise tática do clássico mineiro: Cruzeiro e Atlético estão mais fracos em 2015


O clássico mineiro terminou empatado. Cruzeiro 1 x 1 Atlético Mineiro  foi um jogo de baixa qualidade técnica e sem muitas chances de gol. Jogando em casa, o Cruzeiro foi quem propôs o jogo e buscou criar jogadas ofensivas. O Atlético jogou mais recuado, esperando a possibilidade de encaixar contra-ataques.

O Cruzeiro jogou no 4-2-3-1, com De Arrascaeta no meio da linha de três, se deslocando muito para o lado direito. O uruguaio tentou (não conseguiu) ser o armador da equipe, mas atuou mais como um meia-atacante, como tem feito nos demais jogos da temporada pelo Cruzeiro.



Leandro Damião atrapalhou bastante o jogo do Cruzeiro, embora tenha feito o gol de empate. Preso entre os zagueiros, Damião tabelou mal com os demais meias-atacantes e praticamente não ganhou no alto da defesa atleticana. Além disso, não conseguiu fazer bem o pivô para quem vinha de trás. Observação importante sobre o Cruzeiro 2015 até agora: a bola aérea não é mais uma arma poderosa do time.

O Atlético jogou sem centroavante. Dodô foi um atacante que, além de ajudar na recomposição, atuou distante dos zagueiros cruzeirenses, não enfiado entre eles. Cesinha foi o jogador de ataque mais agudo do Atlético, jogando pela direita na linha de três.

O esquema tático com o qual o Atlético iniciou a partida foi o 4-2-3-1. A estratégia foi manter todo o time atrás da linha da bola quando a posse era do Cruzeiro e puxar contra-ataques. Funcionou bem e o Atlético levou mais perigo que o Cruzeiro, que teve o domínio das ações no jogo, embora não tenha tido muitas chances efetivas de gol. Observação sobre o Atlético Mineiro 2015 até agora: mesmo com titulares, o time não mostra a mesma dinâmica de jogo de 2013 e 2014.



No segundo tempo, Marcelo Oliveira colocou Judivan e Alisson, mas não mudou a estrutura tática da equipe. O técnico Levir Culpi se mexeu e promoveu as entradas de Maicosuel e Danilo Pires. O técnico Levir Culpi reforçou a marcação do lado direito do meio campo (onde se posicionou Danilo Pires), para combater os avanços de Alisson, e impedir as subidas do lateral cruzeirense Mayke (Maicosuel entrou como meia pela direita). Maicosuel deu mais qualidade ao ataque atleticano. Avançando mais que Carlos, a quem substituiu, Maicosuel conseguiu prender mais Mayke no campo defensivo e melhorou o toque de bola no meio campo.

O gol do Atlético no segundo tempo surgiu de uma falha do goleiro Fábio, que tentou dar um chutão para frente e acertou um jogador atleticano. A bola espirrou e sobrou para Rafael Carioca abrir o placar.

Apenas quando colocou Joel no lugar do volante Willians, e já atrás no placar, o técnico do Cruzeiro mudou efetivamente a maneira de jogar do time. Marquinhos foi recuado para a faixa central do meio campo, como um segundo volante ao lado de Henrique. A mudança fez com que o Cruzeiro perdesse posse de bola, com o time muito afundado no ataque, apelando para ligações diretas, sem que a bola passasse pelo meio campo. Sem efetividade nas bolas aéreas, pouca criatividade no meio campo e ausência de tabelas curtas, o gol de empate do Cruzeiro surgiu da única maneira possível: na força. Damião recebeu de Marquinhos, girou e bateu fraco, mas colocado.

Essa foi praticamente a única falha dos zagueiros atleticanos durante o jogo. Forte nas bolas aéreas e nos desarmes, Jemerson e Edcarlos fizeram uma partida quase perfeita. Os laterais, por outro lado, foram mal na defesa e bem no apoio ao ataque.

O próximo jogo do Cruzeiro será contra o Villa Nova e o Atlético pega o Democrata. Ambos pelo Campeonato Mineiro.
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