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Real Madrid 0 x 2 Barcelona. UEFA Champions League. Análise tática

O Barcelona venceu o Real Madrid por 2 a 0, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, pelo jogo de ida das semifinais da UEFA Champions League 2010-2011. O esquema tático do Real Madrid foi o 4-1-4-1. O esquema tático do Barcelona foi o 4-3-3.

Real Madrid



O Real Madrid começou o jogo no 4-1-4-1 com uma estratégia curiosa. Sem a bola, Pepe foi um volante atrás da linha de quatro jogadores no meio-campo; quando o Real retomava a posse de bola, Pepe corria até a área do Barcelona para tentar o cabeceio a partir de uma bola longa. Ele foi uma peça essencial do esquema de Mourinho, o elemento surpresa. Tão essencial que, quando foi expulso, o Real se desmontou. Não apenas por ter ficado com dez jogadores — e é claro que isso pesa —, mas também porque ficou sem o elemento que ocupava os espaços da linha de quatro quando um desses jogadores saía para combater a saída de bola do Barcelona.

Com as linhas defensiva e de meio-campo atuando bem próximas — e com Pepe entre elas — o Real Madrid bloqueou a intermediária defensiva e impediu o toque de bola do Barcelona no setor do campo que os catalães mais gostam. A troca de passes ficou restrita à faixa central. E, embora desse a posse de bola para o Barcelona (72% em todo o jogo), o Real não correu maiores riscos e ainda ameaçava nos contra-ataques.

No primeiro tempo, Cristiano Ronaldo jogou como centroavante, Özil como meia aberto pela direita, Di Maria como meia aberto pela esquerda, Lass como volante pela direita e Xabi Alonso como volante pela esquerda. Na defesa, Marcelo foi o lateral-esquerdo, Albiol o defensor pela esquerda, Sérgio Ramos o defensor pela direita e Arbeloa o lateral-direito.



O segundo tempo começou com o mesmo desenho tático, mas com as peças reposicionadas. Cristiano Ronaldo foi jogar como meia-atacante pela direita, Di María manteve-se pela esquerda e Adebayor (que entrou no lugar de Özil) passou a ser o centroavante. O Real melhorou. Centroavante de ofício, Adebayor incomodou muito o miolo defensivo do Barcelona e o time ganhou força pelos lados do campo com Cristiano Ronaldo e Di María. Mas a expulsão de Pepe, ainda no início do segundo tempo, mudou novamente o panorama da partida.

Com um jogador a menos, o Real Madrid postou-se no 4-4-1 e não conseguiu mais encaixar contra-ataques. Pior: com um jogador a menos no meio-campo, permitiu que o Barcelona tocasse a bola em seu campo. Com a derrota de 2 a 0 em casa, a situação está muito complicada.

FC Barcelona



O Barcelona atuou no seu tradicional 4-3-3, mas não conseguiu desenvolver seu toque de bola característico no primeiro tempo. O time de Guardiola encontrou um meio-campo congestionado. Os jogadores do Real Madrid adiantaram a marcação e atacavam a saída de bola do Barcelona. Embora tenha tido uma posse de bola muito superior, o Barcelona não conseguiu criar chances reais de gol.

Guardiola colocou Villa pela direita, para explorar as costas de Marcelo, e Pedro pela esquerda. Keita foi o substituto do contundido Iniesta e não conseguiu fazer boas jogadas com Pedro pela esquerda. Ambos não jogaram bem. Villa ficou muito isolado na direita porque Daniel Alves, preocupado em marcar Di María, pouco subiu no primeiro tempo. Messi foi muito bem marcado e também teve desempenho ruim. A bola era basicamente tocada pelos defensores e por Busquets e Xavi no meio-campo.

Sofrendo com as contusões de seus jogadores, o Barcelona teve que improvisar Mascherano como zagueiro pela direita e Puyol como falso lateral-esquerdo. Piqué foi o zagueiro pela direita.



O jogo mudou de figura com a expulsão de Pepe. Com mais espaço no meio-campo, o Barcelona passou a trocar passes e encontrar espaços. O Real Madrid recuou suas linhas e deu espaço para que o Barcelona ocupasse a intermediária ofensiva e tentasse os passes em profundidade. Mas os gols saíram de outra maneira.

Sem ter feito uma jogada de linha de fundo sequer, o primeiro gol saiu de um cruzamento de Afellay (que entrou no lugar de Pedro) para Messi. O segundo gol também foi um reflexo do afrouxamento tático e físico do meio-campo do Real Madrid. E, claro, do talento de Messi. O argentino entrou driblando pela faixa central, entrou na área e tocou para o gol.

A vitória de 2 a 0 fora de casa deixa o Barcelona numa situação confortável. Na última vez que o Real Madrid saiu para o jogo, perdeu de 5 a 0. No jogo de volta, no Camp Nou, em Barcelona, os madridistas não terão alternativa a não ser atacar e tentar fazer gols. E, nesse caso, os espaços estarão abertos para o Barcelona tocar a bola e contra-atacar.

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1 Comentários
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