Barcelona
O Barcelona teve dificuldades para impor seu jogo de toque de bola e penetração durante o primeiro tempo do jogo contra o Arsenal. Historicamente o Barcelona tem dificuldades em vencer linhas de marcação bem montadas no meio-campo e na defesa. Mesmo com posse de bola muito superior ao adversário, não conseguia criar chances reais de gol. O jogo melhorou para o Barcelona quando o Arsenal, a partir de 25 minutos, afrouxou a formação da linha central de cinco jogadores e permitiu que o Barcelona começasse a tabelar e penetrar.
Já dissemos algumas vezes por aqui que Guardiola modificou a maneira de jogar do Barcelona. Há algum tempo o time não atua mais fixamente no 4-3-3. Esta é apenas uma variação do jogo do clube catalão. O esquema tático predominante do Barcelona, hoje, é o 4-1-4-1.
Com os desfalques, Mascherano foi o único volante de marcação. Era o único jogador do meio-campo com liberdade para atuar. Tentou armar o jogo, mas não conseguiu. Mascherano é um jogador superestimado no Brasil e, talvez, na Argentina. Não tem qualidade técnica para jogar no Barcelona. Sergio Busquets foi improvisado como defensor pela direita e Abidal, que normalmente é lateral-esquerdo no Barcelona, foi o quarto-zagueiro. Lembrando que, na seleção francesa, Abidal é quarto-zagueiro. Com isso, Adriano foi escalado na lateral esquerda.
Pedro, Xavi, Iniesta e Villa formaram uma linha no meio-campo, avançando e recuando de acordo com as situações de jogo. Messi ficou à frente dessa linha, com liberdade para penetrar e recuar para dar assistências próximo à área.
No segundo tempo, os laterais jogaram bem abertos, quase como pontas. Adriano não teve muitas dificuldades porque Rosicky, seu marcador, não marcou nem armou. Daniel Alves venceu o duelo com Nasri e Clichy. O Barcelona da segunda etapa foi um time que atuou muito pelos lados. Principalmente após a expulsão de van Persie. Sem ser ameaçado pelo Arsenal, que armou uma grande retranca, Guardiola pôde liberar seus laterais simultaneamente.
Arsenal
O Arsenal entrou em campo com a idéia fixa de apenas se defender. Armou um 4-5-1 com uma linha de cinco jogadores no meio-campo e outra na defesa. Diferentemente de outros times que fazem o mesmo contra o Barcelona, Arsene Wenger aproximou as duas linhas. Com isso, reduziu o campo de jogo a 25%. Ou seja, mesmo atuando recuado, o Arsenal não permitia que o Barcelona praticasse um jogo com grande amplitude nem trocasse passes com liberdade. Foi uma estratégia interessante, mas funcionou só até 25 minutos do primeiro tempo.
Muito atento durante a primeira metade do primeiro tempo, o Arsenal não permitiu que o Barcelona criasse jogadas de gol. O time da Catalunha não conseguia se aproximar da área do clube londrino. Entretanto, a linha central foi se afrouxando e o Barcelona começou a trocar passes com mais facilidade e criar jogadas de perigo até chegar ao gol no final da primeira etapa.
Mesmo precisando do resultado, o Arsenal manteve a mesma estratégia no segundo tempo e achou um gol contra, fruto de um escanteio, ainda no início. Com a expulsão de van Persie, a situação ficou um pouco mais complicada. O time de Londres voltou a se aplicar na marcação pela faixa central, mas deixou os lados do campo abertos.
A linha central de cinco jogadores — inicialmente formada por Rosicky, Diaby, Fabregas, Wilshere e Nasri — teve que ser desfeita e Fabregas passou a atuar à frente de uma linha de quatro, marcando a bola. Rosicky, pela direita, esteve muito mal. Não conseguiu armar nem marcar Adriano. Nasri foi o melhor jogador do meio-campo juntamente com Wilshere, que só marcou. Koscielny foi muito bem na defesa (apesar do pênalti em Pedro) e o maior destaque foi o goleiro Almunia, que entrou no lugar do machucado Szczesny ainda no primeiro tempo.
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