Fluminense
O Fluminense armou-se no 4-3-2-1. O técnico Muricy Ramalho marcou individualmente Fernandão e Fernandinho, responsáveis pelo último passe no São Paulo. Tanto que, teoricamente, Diogo seria o volante centralizado, mas acompanhou Fernandinho, que jogou mais à esquerda. Belletti, como volante pela direita na trinca, teria que marcar quem faria a saída de bola para o São Paulo: Jean ou Richarlyson. Saiu na volta do segundo tempo porque não marcou nem armou. Foi peça nula.
Assim surgiu o segundo gol do São Paulo. Richarlyson, livre, lançou da meia esquerda para Fernandão na área. Erraram a defesa do Fluminense e o goleiro Fernando Henrique. Fernandão deveria ser acompanhado por Fernando Bob que, no lance do gol, não o acompanhou e a zaga ficou confusa. O revezamento entre Fernandão e Marcelinho deu certo. Fernando Bob ateve-se à marcação individual por zona e acompanhou Marcelinho.
O esquema tático utilizado até então — com dois volantes, com dois meias e dois atacantes — estava dando mais certo. Certo que Emerson estava suspenso e não pode atuar. Talvez o medo de perder para o ex-time tenha motivo o excesso de cautela de Muricy. Mas o técnico poderia ter escalado Rodriguinho desde o primeiro tempo, o que aconteceu só na segunda etapa, com a saída de Belletti.
O Fluminense melhorou no segundo tempo, marcou o gol de empate desperdiçou um pênalti. O time voltou a pressionar o adversário no campo defensivo, como tem feito nas demais partidas. Com dois ótimos meias-armadores (Deco, pela esquerda, e Conca, pela direita), esse jogo é mais interessante para o Fluminense, já que aproveita melhor o potencial dos jogadores disponíveis.
São Paulo
O São Paulo entrou em campo no 4-3-1-2, revezando o "1" entre Fernandão e Marcelinho. Desde a saída de Danilo, o São Paulo joga sem um armador de origem. Jorge Wagner tem essa característica, mas com Muricy era mais aproveitado na ala esquerda. Com Ricardo Gomes, perdeu a titularidade. Não sem motivo, já que há algum tempo tinha se transformado num kicker, um especialista em bolas paradas. O que é importante, mas não consegue garantir a titularidade a ninguém.
No jogo de ontem, o técnico Sérgio Baresi fez um revezamento entre Fernandão e Marcelinho na meia e no ataque. Funcionou bem no segundo gol, quando eles inverteram o posicionamento e confundiram a marcação individual do Fluminense. No mais, a criação de jogadas não foi o forte do São Paulo.
Deixada a cargo dos volantes Richarlyson e Jean, a bola não chegava com qualidade à frente e, com Fernandinho bem marcado e Fernandão muito lento, as oportunidades de gol foram eventuais. Marcelinho também não esteve bem e praticamente nada acrescentou ao ataque. Na defesa, Renato Silva foi um lateral-direito defensivo.
No segundo tempo, Jean assumiu o posto na lateral. As substituições de Sérgio Baresi tiraram o já pouco poder ofensivo do São Paulo. Jorge Wagner entrou no lugar de Renato Silva para melhor o passe no meio-campo, assim como Cléber Santana no lugar de Fernandão. Marlos, um meia-atacante, entrou no lugar de Fernandinho.
AVISO
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