Botafogo
O time do Botafogo mostrou muita disposição, marcando forte no meio-campo e saindo com muitos jogadores para o ataque. No 3-5-2, Leandro Guerreiro jogou na sobra, atrás dos zagueiros Fábio Ferreira (esquerda) e Danny Morais (direita), mas também saindo para o jogo, fazendo a saída de bola do time.
Somália foi segundo-volante, saindo bastante para o jogo, trocando passes com Maicosuel no meio, e Marcelo Mattos foi um volante mais recuado pela centro-esquerda. A disposição tática do Botafogo favoreceu o avanço dos alas Alessandro (direita) e Marcelo Cordeiro (esquerda). E eles avançaram. E não só pelos lados, mas em diagonal pelo centro também. E isso fez diferença, porque preencheram o meio-campo e impediram a criação de jogadas do Atlético.
Na frente, Jóbson caiu pelos dois lados do campo. Herrera também apareceu nos lados do campo, mas ficou mais centralizado. Maicosuel foi a peça chave. Jogando como meia-atacante centralizado, ele caiu bastante pela direita e apareceu na frente como terceiro atacante.
No segundo tempo, Joel Santana tirou Marcelo Mattos, que estava sem função, e pressionou o sistema defensivo do Atlético colocando atacantes no time. Uma estratégia interessante para manter a bola no campo adversário.
Atlético Mineiro
O Atlético jogou no 4-3-2-1. Diego Souza e Diego Tardelli jogaram pouco atrás de Obina, como meias-atacantes. Ambos chegaram à frente para auxiliar Obina e voltaram para ajudar a armar o time. Após o primeiro gol do Botafogo, Tardelli foi adiantado para atuar mais próximo de Obina.
Os volantes tiveram uma atuação ruim. Marcaram mal e pouco ajudaram na criação. O Atlético levou perigo diversas vezes ao gol do Botafogo, mas avançou com praticamente três jogadores apenas: Tardelli, Diego Souza e Obina.
Os laterais cumpriram apenas papel defensivo. Fernandinho, que normalmente ajuda a armar o jogo pela esquerda, jogou muito recuado. Diego Macedo avançou mais, mas foi improdutivo.
No segundo tempo, o técnico Luxemburgo colocou Ricardo Bueno no lugar de um apagado Obina e Ricardinho no lugar do também apagado Serginho. O time passou para o 4-2-3-1 com Diego Souza, Ricardinho e Tardelli na linha de três meias. Não resolveu. Ricardinho melhorou o passe no meio-campo, o time criou mais e pressionou o Botafogo. Diego Souza e Tardelli estão numa fase ruim. A culpa pelo mau momento do Atlético tem que ser dividida entre o treinador e os jogadores.
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