Atlético Paranaense
O Atlético Paranaense entrou em campo no 4-4-2, mais especificamente no 4-2-2-2. Ou seja, no 4-4-2 com o meio-campo em quadrado, com dois volantes de marcação e dois meias. Um meia de armação (Paulo Baier), de mais toque de bola e que faz lançamentos, e outro de condução de bola (Netinho), mais veloz e que chega mais à frente. O destaque do time no primeiro tempo foi Guerrón, que atuou como um ponta-direita. As melhores jogadas saíram daquele lado.
Estranhamente, o técnico Paulo César Carpeggiani tirou Guerrón no segundo tempo. A entrada de Maikon Leite no lugar de Netinho foi mais compreensível, já que ele é um jogador mais agudo, que desempenha melhor o papel que o técnico queria para o time que ele armou.
O volante Chico ficou mais preso no campo de defesa e Vítor, embora também atuasse também como volante de marcação, teve mais liberdade para encostar nos meias Paulo Baier e Netinho. Manoel jogou bem na defesa, assim como Rhodolfo, com destaque para Manoel. Os laterais tiveram uma atuação regular, sendo que o lateral-direito Leandro foi um pouco melhor.
O Atlético Paranaense teve alguma dificuldade para se desvencilhar da marcação do São Paulo no meio-campo, embora tenha criado muitas chances de gol. O excessivo número de bolas alçadas da intermediária para a área, buscando o centroavante Nieto, facilitaram o trabalho defensivo do São Paulo. Nieto, muito parado, ficou perdido na marcação dos zagueiros do São Paulo. O Atlético Paranaense jogou melhor e perdeu a chance de vencer um adversário confuso e com jogadores em má fase.
São Paulo
O técnico Milton Cruz escalou um time que poderia variar o desenho tático durante o jogo, de acordo com o andamento da partida. Assim, o São Paulo variou entre o 4-3-2-1, 4-3-1-2, 3-5-2 e 3-6-1. Renato Silva foi um lateral/zagueiro pela direita, Miranda um zagueiro pela direita e pelo centro e Samuel um zagueiro pela esquerda. Júnior César alternou as funções de lateral-esquerdo e ala-esquerda, dependendo da formação utilizada.
Jean foi quem cumpriu funções mais complexas. Ele atuou num misto de volante pela direita e meia-direita. Como jogou mais por dentro, quase nunca abrindo pelo lado, não se pode dizer que era um ala. O mais comum foi vê-lo formando uma trinca de volantes em que ele ocupava a centro-direita, Rodrigo Souto o primeiro-volante pelo centro e Cléber Santana o segundo-volante pela esquerda.
À frente dos três volantes, Fernandão foi o meia-atacante centralizado, encostando no ataque. Mesma função de Marlos, mas este mais à frente que Fernandão e pelos lados. Ricardo Oliveira foi o centroavante.
O São Paulo teve muita dificuldade para criar jogadas. Além disso, chegava com poucos jogadores no ataque. Cléber Santana está muito mal, assim como Fernandão. Com isso, a criação ficou prejudicada. Marlos correu muito, mas foi improdutivo. Ricardo Oliveira ficou isolado na frente, sem ter com quem tabelar. O time está taticamente confuso e mal escalado. Escapou da derrota.
Leia também:
Esquema tático do Atlético Paranaense. Campeonato Brasileiro 2009.
São Paulo 2 x 1 Internacional. Análise tática. Copa Libertadores 2010.
Guarani 0 x 0 São Paulo. Análise tática. Campeonato Brasileiro 2010.
Cruzeiro 0 x 2 São Paulo. Análise tática. Copa Libertadores 2010.
São Paulo 2 x 3 Santos. Análise tática. Campeonato Paulista 2010.
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