Itália
A Itália jogou no 4-3-3 com De Rossi como primeiro-volante e Montolívio como segundo-volante e Marchisio como meia, posicionado ligeiramente para a esquerda. Não foi um 4-2-3-1 porque Pepe e Iaquinta ficaram mais tempo como atacantes que como meias pelos lados. Isso deveu-se ao fato de os laterais paraguaios terem apoiado muito pouco e Iaquinta e Pepe são os responsáveis pela marcação deles.
Os laterais apresentaram-se para o apoio com alguma frequência. Até Zambrotta, que fez uma temporada 2009-2010 ruim, fez uma boa partida. Mas, no geral, a Itália não jogou bem. O time dominou as ações, mas criou poucas jogadas agudas, de perigo de gol. A má atuação dos atacantes é, em parte, responsável por isso. Inclusive Pepe, o melhor dos três, esteve abaixo de sua média. Iaquinta, um atacante lento e pouco técnico, está deslocado pela esquerda. Gilardino lutou, mas também nada vez.
Outro responsável pela baixa criação de jogadas foi o meio-campo. Marchisio e Montolivo são voluntariosos, mas têm uma baixa qualidade no passe. De Rossi carrega bem a bola, mas é primeiro-volante e não é sempre que pode se lançar ao ataque. E, por fim, nenhum dos três é armador. Pirlo (está machucado e não pôde atuar), mesmo em uma fase decadente, faz muita falta.
Paraguai
O Paraguai adotou uma postura recuada para tentar os contra-ataques e explorar as bolas paradas. O 4-4-2 paraguaio tem uma linha no meio-campo, mas os meias pelos lados (Torres pela direita e Vera pela esquerda) fecham pelo centro quando o time tem a bola. Os atacantes jogam paralelamente.
Embora a posse de bola do Paraguai tenha sido equilibrada com a da Itália (48% contra 52% dos italianos), ela se deu muito mais no campo defensivo e na intermediária ofensiva. A bola pouco chegou ao ataque. Lucas Barrios praticamente não tocou na bola. Haedo Valdez se movimentou mais, deslocou-se para receber a bola, mas não a recebeu.
Os laterais ficaram presos no campo defensivo, marcando os atacantes italianos, e o miolo defensivo não cometeu muitos erros, mas é muito estabanado. No segundo tempo, o técnico Gerardo Martino colocou Roque Santa Cruz e Oscar Cardozo no ataque, no entanto, eles mostraram que ainda estão fora de forma e não acrescentaram muito. Mas qualquer um dos dois foi melhor a imobilidade mostrada por Lucas Barrios.
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