Inglaterra
A Inglaterra jogou no 4-4-2 com duas linhas de quatro, como no primeiro jogo. Entretanto, algumas peças mudaram. King, contundido, foi substituído na defesa por Carragher. Barry, recuperado de lesão, ocupou o lugar de Milner no meio-campo. Essas mudanças não resultaram num futebol melhor para o selecionado inglês. Muito preso ao tradicional 4-4-2 com duas linhas, o time é facilmente marcado. Além disso, muitos jogadores têm se apresentado bem.
Rooney jogou mais enfiado, mais perto da área, enquanto Heskey voltava mais para atrair os zagueiros da Argélia e servir de pivô. Ambos foram marcados individualmente por Bougherra e Yahia, respectivamente, e nada fizeram. Gerrard foi colocado na meia-esquerda para entrar em diagonal pelo meio, abrindo espaço para as subidas de Ashley Cole, só que o lateral-esquerdo pouco subiu. Gerrard não conseguiu, por sua vez, dar prosseguimento às jogadas porque foi bem marcado por Kadir. Lampard, que teve mais liberdade para atuar, errou muitos passes e também não foi bem. Johnson teve atuação regular na defesa e nula no ataque.
A simples mudança de nomes, entretanto, não será suficiente para mudar o panorama apresentado pela seleção inglesa. Lennon estava mal. Capello colocou Wright-Phillips e pouco, ou nada, mudou. A Inglaterra é muito previsível. Só Defoe teve um impacto melhor, dando mais velocidade ao ataque. Talvez alguns medalhões tenham que sair e as linhas tenham que ser entortadas...
Argélia
O esquema tático da Argélia é difícil de definir porque o técnico Rabah Saadane adaptou seu sistema defensivo ao ataque inglês. Sem a bola, a Argélia atuava num 3-6-1 com algumas marcações individuais: Yahia pegou Heskey, Bougherra ficou com Rooney e Kadir marcou Gerrard; Halliche jogou na sobra.
Com a bola, a seleção argelina postava-se num 4-3-2-1: Belhadj foi ala/lateral pela esquerda, Kadir ala/volante pela direita e Bougherra lateral-direito. Lacen jogou como primeiro-volante, preso no campo defensivo, e Yebda foi o segundo-volante, aparecendo no campo de ataque e até na área adversária. Ziani (esquerda) e Boudebouz (direita) foram meias-atacantes abertos pelos lados. Na frente, Matmour foi centroavante.
A Argélia jogou melhor que a Inglaterra, tocou melhor a bola, mas teve dificuldade de penetrar na área adversária. Matmour, que no jogo anterior autuou aberto pela direita, quase não recebeu bolas. Ziani e Boudebouz fizeram um grande primeiro tempo, mas caíram de produção no segundo. Yebda fez uma boa partida e teve muito espaço à sua frente porque Barry estava muito recuado na mesma faixa horizontal do campo. Com o futebol apresentado, é possível vencer os Estados Unidos.
Análise tática das seleções da Copa do Mundo 2010
África do Sul 0 x 3 Uruguai. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
França 0 x 2 México. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Espanha 0 x 1 Suíça. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Honduras 0 x 1 Chile. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Brasil 2 x 1 Coreia do Norte. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Costa Marfim 0 x 0 Portugal. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Itália 1 x 1 Paraguai. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Japão 1 x 0 Camarões. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Holanda 2 x 0 Dinamarca. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Alemanha 4 x 0 Austrália. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Sérvia 0 x 1 Gana. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Argélia 0 x 1 Eslovênia. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Argentina 1 x 0 Nigéria. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
Coréia do Sul 2 x 0 Grécia. Copa do Mundo 2010. Análise tática.
Uruguai 0 x 0 França. Análise tática. Copa do Mundo 2010.
África do Sul 1 x 1 México. Copa do Mundo 2010. Análise tática.
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Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Tim Vickery, da BBC de Londres e da Sports Illustrated. Tema: Principais seleções da Copa 2010.
Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com André Rocha, do GloboEsporte.com. Tema: principais seleções da Copa 2010.
Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Robert Sweeney. Tema: seleções sulamericanas na Copa 2010.
Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Hugo Albuquerque sobre o Campeonato Brasileiro 2010.
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