Grêmio
O Grêmio começou o jogo no 4-4-2 ou, mais detalhadamente, no 4-2-2-2. Nesse esquema, normalmente utilizado por Silas durante o Campeonato Brasileiro 2010, Hugo e Maylson jogam como meias abertos. Por vezes, Hugo é um meia-atacante caindo pela esquerda. Os atacantes jogam mais centralizados. Este é o setor em que os desfalques foram sentidos. Roberson e William pouco incomodaram a defesa do Atlético. Os meias e volantes tiveram que trabalhar mais, chegando ao ataque e finalizando. Adílson, que fez uma partida ruim contra o Flamengo, jogou bem. Já vencendo o jogo, o Grêmio adotou o 4-2-3-1 defensivo, com Fernando fazendo a dupla função de meia e volante pelo centro.
A defesa do Grêmio teve Edílson na lateral direita, Ozéia como zagueiro pela direita, Rodrigo como zagueiro pela esquerda e Bruno Collaço na lateral esquerda. Os laterais foram bem na defesa e no apoio. O miolo da defesa também.
O meio-campo teve Adílson e Rochemback como volantes, Hugo como meia-esquerda e Maylson como meia-direita. Adílson e Rochemback subiram alternadamente, Hugo algumas vezes foi o meia-atacante pela esquerda.
O ataque teve Roberson e William como atacantes. Diferentemente da dupla titular, nenhum dos dois volta para buscar jogo e atuam enfiados, como centroavantes. Foram anulados pela defesa do Atlético.
Segundo tempo
Na segunda etapa, Silas colocou Fernando no lugar de William, desenhou uma linha de três meias à frente dos volantes e montou um 4-2-3-1 defensivo. Em tese, só Hugo e Maylson tinham liberdade para chegar na frente para auxiliar Roberson (depois Bergson), mas na prática eles compuseram o meio-campo pelos lados, fechando os espaços para as subidas dos laterais atleticanos.
Atlético Mineiro
O Atlético começou o jogo no 3-5-2, mas não conseguiu resolver o problema da bola aérea. Os dois gols do Grêmio foram de cabeça a partir de bolas paradas. O que mostra que o problema não está na quantidade de zagueiros, mas no posicionamento. No meio-campo, a ausência do volante Zé Luís foi sentida. Os volantes Jataí (mais fixo) e João Pedro (segundo-volante) são jovens e ainda têm pouca desenvoltura para sair jogando. Com isso, Ricardinho ficou sozinho na armação. A entrada de Júnior criou uma alternativa para a armação de jogadas pelo lado esquerdo. Entretanto, Silas colocou Maylson para marcá-lo. Atrás no placar, Luxemburgo colocou o Atlético no 4-3-3. Errou. Deveria ter colocado mais um meia em vez de mais um atacante. Silas tinha acabado de rearmar o Grêmio no 4-2-3-1, ou seja, povoou o meio-campo. A bola continuou a não chegar no ataque.
A defesa do Atlético teve Jairo Campos como zagueiro pela direita, Lima como zagueiro pelo centro e Werley como zagueiro pela esquerda. Lima não jogou como zagueiro da sobra, ele jogou ligeiramente adiantado em relação aos outros zagueiros, auxiliando os volantes. A defesa novamente foi mal nas bolas aéreas.
No meio-campo, Leandro foi o ala pela esquerda, Diego Macedo foi ala/lateral pela direita, Jataí foi o primeiro-volante, João Pedro foi o segundo-volante e Ricardinho o armador pelo centro. Leandro foi tímido no apoio, exigência para um ala, preferindo, muitas vezes, atuar pelo centro, como armador que não é. Diego Macedo ficou no lado do campo, muitas vezes como lateral.
No ataque, Tardelli e Muriqui atuaram bem abertos, explorando as costas dos laterais.
Segundo tempo
No segundo tempo, Luxemburgo tirou Jairo Campos e colocou um terceiro atacante (Ricardo Bueno), modificando o esquema para um 4-3-3. Com Júnior na lateral-esquerda, tentou criar uma alternativa para a criação de jogadas pelos lados.
Leia também:
Flamengo 1 x 1 Grêmio. Análise tática. Campeonato Brasileiro 2010.
Vitória 4 x 3 Atlético Mineiro. Análise tática. Campeonato Brasileiro 2010.
INTERATIVO. Grêmio 2 x 2 Cruzeiro. Libertadores 2010.
Variações táticas do Atlético. Campeão Mineiro 2010.
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Caro amigo, fizemos troca de links e eu sigo o seu blog mas ainda nao tive retribuiçao. Da para seguir o meu tambem.
Abraço.