Corinthians
O Corinthians começou o jogo no 4-3-3, esquema tático que deu certo em 2009 e foi pouco utilizado em 2010. Até os jogadores foram quase os mesmos. E no primeiro tempo, a formação deu certo. O time pressionou, dominou o Flamengo e abriu dois gols de vantagem. No segundo tempo, entretanto, o Flamengo modificou o esquema tático inicial, fez um gol logo no início e o Corinthians se desarrumou. Mano adiantou Roberto Carlos para o meio-campo, para tentar chutes de longa distância, e colocou Ralf na lateral esquerda. Paulinho passou a ser o único volante e, com Danilo bem marcado e sumido, transformou-se quase em um armador junto com Roberto Carlos.
A defesa do Corinthians teve Alessandro na lateral direita, Chicão como zagueiro pela direita, William como zagueiro pela esquerda e Roberto Carlos na lateral esquerda. Como dissemos, no segundo tempo Roberto Carlos foi adiantado (ver gráfico abaixo), Ralf assumiu a cobertura da lateral esquerda e Jucilei entrou na lateral direita.
No meio-campo, a mesma formação tática de 2009: um volante de marcação (Ralf), um segundo volante (Elias) e um meia-armador (Danilo). Danilo foi bem marcado e pouco fez de produtivo. Elias não conseguiu chegar à frente com a qualidade usual. Com o Flamengo recuado, Jorge Henrique não precisou voltar para compor o meio-campo e jogou apenas como atacante.
No ataque, Dentinho pela direita, Jorge Henrique pela esquerda e Ronaldo como centroavante. Ronaldo teve uma atuação regular, fazendo algumas tabelas pelo meio e aparecendo para finalizar e servir os companheiros. Dentinho foi marcado homem-a-homem por Willians e pouco produziu. Se em 2009 Jorge Henrique e Dentinho trocavam de lado constantemente, no jogo contra o Flamengo eles guardaram seus lados, tornando-se presas fáceis para Willians e Ronaldo Angelim.
Segundo tempo
Na segunda etapa, Roberto Carlos foi adiantado para tentar chutes de fora da área e ajudar a armar a equipe com Danilo. Ralf foi fazer a cobertura da lateral esquerda e Jucilei entrou primeiro no meio-campo e, depois, foi para a lateral direita. Iarley entrou no lugar de Jorge Henrique.
Flamengo
O Flamengo entrou com uma formação cautelosa (4-1-4-1), com Ronaldo Angelim e Willians nas laterais. Muitos comentaristas "escalaram" Juan e Léo Moura nas laterais. Isso não aconteceu. Eles foram alas, ou meias abertos da linha de meio-campo. Os laterais foram Angelim e Williams, justamente para marcar os dois atacantes abertos do Corinthians (veja que isso não é novidade, como podemos ver na análise Esquema tático do Flamengo. Jogo contra o Goiás. Campeonato Brasileiro 2009.).
Com Juan e Léo Moura como alas/meias abertos, o técnico Rogério Lourenço tentou tirar a ofensividade de Alessandro e Roberto Carlos e, ao mesmo tempo, não perder a ofensividade dos jogadores do Flamengo. Completando a cautela (excessiva) do Flamengo, Vágner Love e Vinícius Pacheco voltavam para compor a linha de meio-campo, deixando Adriano sozinho no ataque.
A defesa do Flamengo teve Williams na lateral direita, Rômulo como zagueiro pela direita, David como zagueiro pela esquerda e Ronaldo Angelim na lateral esquerda. Na verdade, Williams e Angelim marcaram individualmente Dentinho e Jorge Henrique e foram, na prática, mais zagueiros que laterais. Não saíram para o jogo em nenhum momento.
No meio-campo, uma linha composta por (da direita para a esquerda) Léo Moura, Vágner Love, Vinícius Pacheco e Juan esteve à frente do volante de marcação Maldonado. Vágner Love e Vinícius Pacheco tinham a função de também ajudar Adriano no ataque, mas apenas Vágner Love fez isso, uma ou outra vez.
No ataque, um isolado Adriano como centroavante, de vez em quando ajudado pela presença de Vágner Love.
Segundo tempo
Sem saída para o ataque e levando sufoco, o técnico Rogério Lourenço reforçou a marcação no meio-campo com Kléberson como segundo volante ao lado de Maldonado e liberou Vágner Love para atuar exclusivamente no ataque ao lado de Adriano. O time melhorou porque Kléberson marca melhor que Vinícius Pacheco e tem boa saída de bola. Além disso, a presença de dois atacantes freou um pouco o ímpeto corintiano.
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