A Internazionale de Milão venceu o Barcelona por 3 a 1, em Milão, pelas semifinais da Copa dos Campeões da Europa 2009/2010. O esquema tático da Internazionale de Milão foi o 4-1-4-1. O esquema tático do Barcelona foi o 4-4-2.
Internazionale
O técnico José Mourinho adiantou a linha de marcação com cinco jogadores no meio-campo e impediu a troca de passes do Barcelona no campo de ataque. Ele concentrou a marcação no lado direito do Barcelona, anulando a armação de jogadas de Xavi e as descidas de Pedro e Daniel Alves. Como Messi também se posiciona na meia-direita do campo adversário, ficou sem espaço.
Mesmo com uma posse de bola baixa (32%), o time soube aproveitar os contra-ataques para concluir a gol. Foram oito chutes a gol (5 no alvo), o mesmo número do Barcelona (7 no alvo). Ou seja, a posse de bola do Barcelona não representou mais perigo à meta de Júlio César que as tentativas da Internazionale. Na verdade, a Internazionale jogou sem a bola, no erro do Barcelona.
A defesa Internazionale teve Maicon na lateral direita, Lúcio como defensor pela direita, Samuel como defensor pela esquerda e Zanetti na lateral esquerda. Maicon teve espaço para avançar e ninguém no setor para marcar. A Inter ficou torta para a esquerda com Zanetti só marcando, quase um terceiro zagueiro. O miolo da defesa foi muito bem e anulou o ataque do Barcelona.
No meio-campo, cinco jogadores. Cambiasso foi o volante de marcação pela centro-direita, com quatro jogadores à sua frente (da direita para a esquerda: Eto'o como meia-atacante pela direita, Thiago Motta como volante pela centro-esquerda, Sneijder como meia-esquerda e Pandev como meia-atacante pela extrema esquerda), mais avançados. Pandev, Sneijder e Motta concentraram-se na esquerda, ocupando o setor mais forte do Barcelona. Eto'o atuou na meia direita e, como Pandev, avançava quando o time tinha a posse de bola.
No ataque, Milito foi o único atacante, contando com o apoio de Pandev e Eto'o pelos lados e Sneijder pela centro-esquerda.
Barcelona
O técnico Josep Guardiola caiu na armadilha das linhas de José Mourinho. Bom observador, Mourinho já sabe que o Barcelona tem muita dificuldade para jogar contra duas linhas de marcação. Contra o Chelsea no ano passado, o Barcelona teve que enfrentar uma linha de cinco jogadores no meio jogando no Camp Nou. As dificuldades foram imensas e o jogo terminou empatado em 0 a 0 (ver Barcelona 0 x 0 Chelsea. Champions League 2008/2009). No jogo de volta em Londres, o Chelsea modificou o desenho de seu esquema tático, mas manteve a retranca, tanto que o Barcelona só ganhou porque o árbitro errou contra o time inglês (ver análise Chelsea 1 x 1 Barcelona. Champions League 2008/2009).
Verdade que a Internazionale jogou retrancada, mas a única chance de o Barcelona chegar à meta adversária seria qualificando seu meio-campo. Pois Guardiola fez o contrário. Além de Sergio Busquets ser menos jogador que Yayá Touré, Xavi ficou sozinho na armação marcado por Sneijder e Thiago Motta. Seus companheiros de meio-campo Busquets, Keita e Pedro não são armadores. Os laterais, que por vezes ajudam na armação, ficaram responsáveis por marcar os meias-atacantes abertos da Inter. Messi, que poderia ajudar na organização do meio-campo, foi anulado por Thiago Motta. Para completar, Guardiola tirou Ibrahimovic e colocou o lateral-esquerdo Abidal, liberando Maxwell para atuar no meio-campo, redesenhar o esquema tático para um 4-1-4-1 e povoar o setor. Como Messi gosta de partir com a bola dominada a partir do meio-campo, o time ficou sem atacante e embolado.
A defesa do Barcelona teve Daniel Alves na lateral direita, Piqué como defensor pela direita, Puyol como defensor pela esquerda e Maxwell na lateral esquerda. Os laterais praticamente só marcaram os meias-atacantes Eto'o e Pandev, que atuaram pelos lados. Os defensores centrais marcaram Milito.
O meio-campo teve Sergio Busquets como volante de marcação, Xavi como armador, Keita na meia-esquerda e Pedro como meia-atacante pela direita. Com Xavi muito marcado, o meio-campo do Barcelona não produziu. Pedro não avançou e marcou mal, assim como os demais jogadores do meio-campo. Com Keita, o time perde força ofensiva pela esquerda e, embora com melhor poder de marcação no setor, dá espaço para o avanço de Maicon.
O ataque teve Ibrahimovic como centroavante e Messi como segundo atacante. Ibrahimovic jogou muito enfiado e foi presa fácil para os defensores da Internazionale. Messi jogou atrás de Ibrahimovic, mas, como dissemos, foi muito bem marcado por Motta e pouco fez.
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Internazionale 3 x 1 Barcelona. Análise tática
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