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Barcelona 4 x 1 Arsenal. Análise tática

O Barcelona venceu o Arsenal por 4 a 1, no Camp Nou, pelas quartas-de-final da Uefa Champions League 2009-2010. O esquema tático do Barcelona variou entre o 4-3-3, o 4-1-4-1 e o 3-3-3-1. O esquema tático do Arsenal foi inicialmente o 4-1-4-1 e, no segundo tempo, o 4-4-2.

Barcelona



O Barcelona teve maior posse de bola (60%), maior número de finalizações (15 no total, 8 no gol) e maior número de passes (84% deles certos). Dominou totalmente o jogo. Tanto que Guardiola testou alguns desenhos táticos. Depois de iniciar no 4-3-3 ilustrado acima, espelhou o esquema tático do Arsenal (4-1-4-1) e utilizou também o 3-3-3-1, uma variação do 3-3-1-3 que abordona na análise "O 4-4-2 do Barcelona - As variações táticas do Guardiola".

O 4-3-3 teve Daniel Alves na lateral direita, Márquez como defensor pela direita, Milito como defensor pela esquerda e Abidal na lateral esquerda. Abidal apoiou mais que o usual, mas teve a cobertura de Keita no setor.

No meio-campo, Sergio Busquets foi o volante de marcação, Xavi o volante-armador pela direita e Keita como volante/meia pela esquerda. Com a posse de bola, Xavi percorre todo o meio-campo e, defendendo, volta pela centro-direita.

No ataque, Pedro jogou pela direita como meia-atacante, Messi pelo centro e Bojan pela esquerda. Pedro muitas vezes foi o meia pela direita; Messi não foi o centroavante enfiado entre os zagueiros, mas um segundo atacante partindo da risca do meio-campo pelo centro; Bojan foi o mais avançado dos três, jogando pela esquerda. Bojan foi o mais apagado jogador do Barcelona. Messi marcou os quatro gols do Barcelona e foi o melhor jogador da partida.



No segundo tempo, o técnico Guardiola testou novas formações para o Barcelona. Com Yayá Touré no lugar de Bojan, o técnico colocou seu time no 4-1-4-1. Yayá Touré foi o volante de marcação, Busquets foi adiantado para a centro-esquerda da linha de quatro de meias formada por Keita na esquerda, Xavi na centro-direita e Pedro na direita. Messi jogou como único atacante, mas com a aproximação dos meias e laterais, não ficou sozinho na frente.



Com o jogo decidido, a formação do Barcelona passou a ser o 3-3-3-1. Na defesa, Milito pela esquerda, Yayá Touré pelo centro e Márquez na direita. À frente da linha defensiva, uma outra linha formada por Maxwell (entrou no lugar de Abidal) na ala esquerda, Sergio Busquets pelo centro e Daniel Alves pela ala direita. Formando um losango no meio com Busquets, Keita pela esquerda, Xavi pela direita e Iniesta (entrou no lugar de Pedro) como meia-atacante, caindo pelos dois lados do campo, na ponta do diamante.

Arsenal



O Arsenal repetiu o esquema utilizado no início do jogo de ida em Londres e iniciou a partida no 4-1-4-1. Sem conseguir ter a maior posse de bola (40%), trocando poucos passes (347 contra 609 do Barcelona) e errando muitos deles (69% de acerto), o Arsenal não conseguiu fazer seu jogo e foi dominado em Barcelona. Com isso, deu apenas 6 chutes a gol (apenas 2 no alvo).

A defesa do Arsenal armou-se com Sagna na lateral direita, Vermaelen como defensor pela direita, Silvestre como defensor pela esquerda e Clichy na lateral esquerda. Em relação ao jogo no Emirates Stadium, Vermaelen foi deslocado para o lado direito do miolo defensivo e Silvestre entrou no lugar do contundido Gallas. No segundo tempo, com a entrada de Eboué, Vermaelen voltou para a esquerda (quarto zagueiro) e Sagna ocupou a posição de zagueiro central. Destaque para a boa partida de Clichy, que atacou e não deu espaço para Pedro.

No meio-campo, Denílson foi o volante de marcação atrás da linha de quatro meias formada por Rosicky pela esquerda, Diaby pela centro-esquerda, Nasri pela centro-direita e Walcott pela direita. Walcott não foi nem sombra do jogador que incendiou a partida em Londres e Rosicky foi o pior jogador do Arsenal no jogo. Nasri e Diaby foram burocráticos e Denílson era o marcador de Messi (nem preciso dizer que também foi muito mal). Com o meio-campo, melhor setor do Arsenal, tão apagado, não é surpresa que tenha perdido tão facilmente para o Barcelona.

No ataque, um isolado Bendtner.



No segundo tempo, o técnico Arsène Wenger fez duas substituições e mudou o esquema tático do Arsenal para o 4-4-2. Eboué (saiu Silvestre) entrou na lateral direita, deslocando Sagna para o miolo da defesa, e Eduardo (no lugar de Rosicky) passou a formar a dupla de ataque com Bendtner.

O meio-campo mudou seu desenho para uma linha de quatro, com Denílson um pouco mais recuado que Diaby pela faixa central. Nasri (meia-esquerda) e Walcott (meia-direita) seguiram opacos. No ataque, ora Bendtner, ora Eduardo voltava para buscar a bola no meio-campo e fazer o número um à frente da linha de meias. Quando o time tinha a posse de bola, colocavam-se como autênticos centroavantes.

As estatísticas citadas no texto foram tiradas do site da UEFA.

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Esquema tático do Lyon.

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Esquema tático do Bayern de Munique.

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Esquema tático do Chelsea.

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1 Comentários
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Gabriel Campi disse…
O Barcelona é um time muito versátil, com jogadores que podem fazer diversas funções dentro de campo. Isso facilita muito a vida de Guardiola. Show do Messi hoje, foi demais.

Abraços.

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