O Vitória perdeu sua primeira partida para o São Paulo por 1 a 0 no Barradão, em Salvador, na décima sexta rodada do Campeonato Brasileiro de 2009. O Vitória jogou no 3-5-2, com Apodi no ataque, e o São Paulo também atuou no 3-5-2, com Dagoberto e Borges no ataque. No segundo tempo, os esquemas sofreram algumas alterações.
Vitória
O Vitória atuou no 3-5-2 contra o São Paulo. Após o gol do São Paulo, Leandro Domingues foi para o ataque ao lado de Bida, com Ramon na armação.
A defesa do Vitória foi formada por Anderson Martins (zagueiro pela esquerda), Fábio Ferreira (zagueiro pelo centro) e Wallace (zagueiro pela direita). Os zagueiros que atuaram pelos lados alternavam-se como falsos laterais para auxiliar na saída de bola e ocupar os espaços deixados pelos alas. No segundo tempo, Fábio Ferreira passou a ser o zagueiro pela esquerda e Anderson Martins ocupou a posição central da defesa.
Jackson atuou como ala pela direita e Apodi foi deslocado para o ataque. Na esquerda, Leandro jogou como lateral na maior parte do jogo, mas quando subia para auxiliar o meio-campo e o ataque, Anderson Martins ocupava a lateral esquerda. Leandro poderia ter avançado mais porque Jean, o volante do São Paulo, atuou improvisado na lateral direita e pouco subiu. Jackson acompanhou as subidas de Júnior César, que também apoiou pouco.
Vanderson (esquerda) e Magal (direita) foram os volantes marcadores, jogaram paralelamente à frente da zaga e subiram alternadamente para tabelar com os alas e com Leandro Domingues, o meia-atacante centralizado. Domingues, que normalmente joga no meio de uma linha de três meias-atacantes, desta vez jogou logo atrás dos dois atacantes do time.
Os atacantes foram Apodi (direita) e Itacaré (esquerda). O novo desenho do ataque tirou a velocidade de Apodi, que teve menos espaço para correr porque jogou mais avançado, e encaixou os atacantes na marcação dos três, e às vezes cinco, defensores do São Paulo. Além disso, Leandro Domingues não é armador, mas um meia-atacante. Suas melhores qualidades são a condução de bola e a velocidade, não o passe e os lançamentos longos.
São Paulo
O São Paulo atuou no primeiro tempo no 3-5-2, com um "quase-losango" no meio-campo, dois alas que avançavam pouco e dois atacantes. Na verdade, o losango só se formava quando Dagoberto voltava para ser o meia-atacante pelo centro, deixando apenas Borges como centroavante. Como os alas avançavam pouco e Dagoberto também apareceu no primeiro tempo (poucas vezes, é verdade) como meia-atacante, podemos dizer que o 3-5-2 variou também para um 3-6-1 e para um 5-3-2.
A defesa contou com três zagueiros que, assim como no Vitória, ajudavam na saída de bola com os defensores laterais, no caso, Richarlyson pela esquerda e Renato Silva pela direita, com André Dias fixo atrás pelo centro.
Os alas Jean (direita) e Júnior César (esquerda) apoiaram pouco o ataque. Jean, volante improvisado na ala, ficou ainda mais recuado que Júnior César, que marcou e foi marcado por Jackson. Quando avançavam, tinham suas posições ocupadas pelos zagueiros. O volante marcador foi Eduardo Costa, que jogou centralizado, auxiliado por Hernanes (direita) e Jorge Wagner (esquerda), que desempenharam a dupla função de volantes e meias.
No ataque, Dagoberto como segundo atacante, deslocando-se pelos dois lados do ataque, e Borges como centroavante.
No segundo tempo, como o São Paulo já estava vencendo por 1 a 0, Ricardo Gomes colocou Marlos e o sistema tático modificou-se para um 4-1-3-2 (com Júnior César como ala jogando em linha no meio-campo com Hugo, pelo centro, e Hernanes, pela direita; Dagoberto e Marlos na frente; Jean como lateral-direito e Eduardo Costa como único volante marcador) e, às vezes, sem nenhum atacante, já que Dagoberto e Marlos recuavam como meias-atacantes, pouco à frente da linha de três. Um, digamos, 3-7-0.
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Vitória 0 x 1 São Paulo. Análise tática
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Um Abraço
Concordo contigo que o Vitória, normalmente, joga com três meias e um atacante. Mas não foi assim contra o São Paulo. Tanto que Apodi caiu pelos dois lados do ataque e Jackson era o ala pela direita.
Quanto à formação da linha defensiva, disse nesta e em outras análises do Vitória que o Leandro é mais lateral que ala. Tanto que o caracterizo predominantemente com a cor amarela (defesa) e fio azul (meio-campista). Isso porque a sua recomposição na linha defensiva é mais lenta e ele conta com a cobertura de um zagueiro por ali. E, muitas vezes, ele aparece no meio-campo, por dentro, embora seja lateral na maior parte do tempo. Concordo que o esquema também pode ser descrito com uma defesa de quatro jogadores, mas é uma questão de ponto de vista. Entretanto, quando coloco 3-5-2, quero deixar claro que os outros três defensores são zagueiros. Wallace raramente passa da risca do meio-campo.
Gosto muito dos seus comentários. Apareça sempre e vamos debater mais.
Abraços.
Por que (quase?)não vemos times brasileiros atuarem com três atacantes de início? Alguns grandes times europeus costumam jogar assim, o barça, sempre. Acho o melhor esquema para atuar desde o início contra times mais fracos.
Por que os técnicos brasileiros usam esquemas de três linhas ainda?
E o 3-5-2, acho que desde 2007 não vejo time europeu de 1ª linha usar, ainda mais com três zagueiros-zagueiros como joga o flamengo por ex.
Gostei muito da página, parabéns.