O Flamengo empatou com o Grêmio Barueri (1x1), no Rio de Janeiro, pela décima terceira rodada do Campeonato Brasileiro, jogando no 3-5-2. Sem poder contar com Juan, lesionado, e com a entrada de diversos garotos no segundo tempo, o Flamengo jogou com vários jogadores desempenhando múltiplas funções.
O esquema tático do Flamengo é muito dinâmico, principalmente o sistema defensivo. Zagueiro que se transformava em volante e volantes que transformavam-se em meias, alas e zagueiros. Essas mutações são positivas porque surpreendem o adversário a cada instante, mas talvez o excesso de tarefas e a mudança constante de posicionamente confunda um pouco os próprio jogadores do Flamengo. Além disso, todo esse dinamismo poderia também ser aplicado ao setor ofensivo, para confundir a marcação do oponente. Mas no ataque o Flamengo é previsível.
No sistema defensivo, Willians é o jogador-chave. Ele é volante para sair jogando ou quando o time é atacado pelo meio. É terceiro zagueiro pela direita quando um dos zagueiros sobe para atuar no meio, na lateral ou no ataque. É lateral-direito quando tem espaço e o Léo Moura fecha pelo centro como meia ou abre como ponta-direita. E desarma como ninguém. Ontem ele roubou três bolas, o mesmo número de Émerson. Mas, durante o campeonato, só perde nesse quesito para Pierre. Mas o palmeirense, que tem 73 desarmes no Brasileirão, faz muito mais faltas que Willians, que já desarmou corretamente 66 vezes no campeonato. No jogo contra o Barueri, atuou como volante e lateral-direito no primeiro tempo. No segundo, como terceiro zagueiro pela direita, volante e lateral-direito.
Dessa vez, ao menos durante o primeiro tempo, Ronaldo Angelim jogou pelo centro da defesa, com Marlon como zagueiro pela direita. Airton foi volante pela esquerda e também terceiro zagueiro pela esquerda. No segundo tempo, assumiu prioritariamente a função de volante.
No meio-campo, Léo Moura também desempenhou diversas funções: segundo volante pela direita, ala-direito e meia-direito. Kléberson foi principalmente meia armador pela faixa centro esquerda, mas circulou por todo o meio-campo. Fierro foi escalado como meia-atacante pela direita. Na ala esquerda, Jorbison jogou bem avançado, muitas vezes como ponta, mas também caindo muito pelo centro. Diferentemente da estréia, quando entrou no segundo tempo, Jorbison teve boa atuação entrando como titular e, em nossa visão, foi mal substituído no segundo tempo. Os demais jogadores do meio-campo tiveram atuação apagada.
O ataque, como já dissemos acima, não apresenta o mesmo dinamismo que o sistema defensivo. Adriano começou o jogo adiantado pela direita, com Émerson, um pouco atrás, pela esquerda. No segundo tempo, eles inverteram algumas vezes as funções de primeiro e segundo atacante, com Adriano jogando mais recuado e Émerson mais enfiado. Também trocaram de lado. Mas a pouca penetração dos meias tornou essas mudanças inócuas. As infiltrações de Juan pelo meio, pela ponta esquerda e também pelo centro do ataque estão fazendo falta ao Flamengo.
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