A Espanha variou bastante seu esquema tático na goleada de 5 a 0 que aplicou na seleção da Nova Zelândia na primeira rodada da Copa das Confederações. Passou diversas vezes do 4-1-3-2 para o 4-2-2-2 no primeiro tempo, e adotou o 4-4-2 — com uma linha no meio-campo — e o 4-1-4-1 no segundo tempo. A facilidade da partida permitiu que Vicente del Bosque testasse diversas formações táticas.
A seleção espanhola começou o jogo no 4-2-2-2, com Xavi como armador, ao lado do volante defensivo Xabi Alonso, Riera como meia abertos pelo lado esquerdo do campo e Cesc Fabregas na faixa central direita. Como a seleção neozelandesa não oferecia ameaça, mudou-se rapidamente para um 4-1-3-2 em que Xavi atuava livremente pela faixa central e esquerda do meio-campo para armar a equipe enquando Alonso era o único volante de marcação. Algumas vezes, pode-se observar que Xavi armando a equipe recuado, ao lado de Xabi Alonso, bem ao estilo Pirlo no Milan (ver post sobre o Esquema tático do Milan).
Riera ficou bem aberto pela esquerda e fez dobradinha com o lateral-esquerdo Capdevila daquele lado. Fabregas apareceu pouco porque ficou isolado do lado central-direito do campo, uma vez que Sérgio Ramos (um zagueiro de origem) não subiu muito ao ataque e o lado esquerdo oferecia as melhores oportunidades de ataque. Na frente, David Villa pela esquerda e Fernando Torres — o artilheiro do time com três gols marcados — pela direita.
No segundo tempo, com a saída de Xavi, Fabregas passou a armar o time jogando ao lado de Alonso, formando uma linha de quatro jogadores no meio-campo com Riera pela esquerda e Cazorla pela direita. Arbeloa também entrou como lateral-direito no lugar de Sérgio Ramos. A dupla de ataque foi mantida num primeiro momento e o time passou a atuar no 4-4-2, com uma linha na defesa e outra no meio-campo.
A última formação utilizada por Del Bosque foi o 4-1-4-1, com a saída de Fernando Torres para a entrada de David Silva.
O volante de marcação foi Xabi Alonso e, a sua frente, da esquerda para a direita: Riera, David Silva, Fabregas e Cazorla. No ataque, David Villa. Riera e Cazorla avançavam para auxiliar Villa pelos lados, e Fabregas e David Silva chegavam ao ataque pela faixa central.
Leia também:
Esquema tático da Nova Zelândia.
Esquema tático do Brasil.
Esquema tático de Portugal.
Esquema tático da Holanda.
Esquema tático da Noruega.
Esquema tático da Argentina.
Esquema tático do Uruguai.
Esquema tático da Colômbia.
Esquema tático da Albânia.
* Fiz a mesma análise para o blog português Portal Futebol, onde podem ser encontradas notícias de clubes europeus e as capas dos principais jornais da Europa.
Esquema tático da Espanha
23:54
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nossa, na função de primeiro volante a Espanha coloca o Xabi Alonso, e isso sim que o cara ém um armador! E logo depois Dunga vai insistir em manter o Gilberto Silva como cabeça-de-área mas um volante-meia pulmões... me asusta que este debate não está tendo lugar no futebol brasileiro: o Brasil vai se tornar num futebol de atletismo, pouca elaboração e contraataque? Aquela tradição tão brasileira de dominar a posse da bola e ditar o ritmo do partido realmente foi ultrapassada? Realmente mereciu isso? E olha que esse patrimônio não era nada frívolo, mas segura que Dunga discorda com ele. O que sim que eu acho frívolo é aquela maneira de jogar tão temorosamente e depois tentar desfarça-la com algumas pedaladas no setor ofensivo .
seria um prazer poder fazer a análise tática do Esporte Clube Pelotas, assim como faço de todos os times que tenho a oportunidade ver em ação. O problema é que os jogos não são transmitidos. Aliás, muitos times têm poucos jogos transmitidos e, quando têm, é um hoje e outro daqui a dois meses. Gosto de analisar um time tendo visto mais de uma partida dele, para ver o padrão. Mas sempre sempre isso é possível. Mas pode ter certeza que, se eu tiver a oportunidade, farei a análise, ok. No mais, obrigado pela visita, volte sempre e comente também.
A seleção brasileira tem se caracterizado por um jogo essencialmente de contra-ataques. O curioso é que o sistema defensivo nem é tão confiável assim. O conceito está defasado. Muitas seleções e times europeus, e também a Argentina, não jogam com volantes que sabem apenas desarmar. Como você bem observou, a Espanha utilizou um jogador com recursos técnicos como Xabi Alonso na cabeça-de-área. Acredito que Dunga tem na cabeça a seleção de 94, que não corria riscos, mas contava com dois grandes atacantes como Bebeto e Romário, que resolviam na frente. Felipão fez o mesmo, mas contando com três excelentes jogadores na frente: Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo. O pior é que existem jogadores mais técnicos disponíveis, mas Dunga insiste no jogo defensivo.
Abraços,
Marcelo Costa.
tu acertou nisso...
no que o Brasil tem a dispoisição jogadores mais-que-adecaudos tecnicamente como para dar fluidez ao meiocampo mas claro, Dunga sabe o que quer. Será que o 'fracasso' (e utilizo este termo com muito cautelo)das seleções de '82 e 86 repercutiu nele um pavor de perder o ficar percebido de pouco competitivo.
E a ironia em tudo isso, é que tanto volante destructivo pode-se virar num risgo não intencioado: se os volantes erram no passe poucos metros diante da defesa...o time pode levar gol se o rival é um time mas clínico do que Egipto
eu qeria saber que programa voc usa para fazer esses esquemas taticos!
??
abraços