O Barcelona está classificado para a final da UEFA Champions League, após ter empatado com o Chelsea em 1 a 1 (o primeiro jogo, no Camp Nou em Barcelona, foi 0 a 0), e jogará contra o Manchester, que eliminou o Arsenal.
O Chelsea modificou seu esquema tático jogando em casa, no estádio Stamford Bridge, e a formação escolhida por Guus Hiddink foi o 4-2-3-1. O Barcelona, muito desfalcado (não pode contar com Marquez, Puyol e Henry), atuou no tradicional 4-3-3 que, durante o jogo, muitas vezes se transforma em 3-4-3. O Chelsea teve 37% de posse de bola contra 63% do Barcelona; no quesito chutes a gol, o Chelsea deu 12 chutes, enquanto o Barcelona deu 14 (1 no alvo, exatamente o do gol da classificação. Vamos à análise e aos desenhos táticos de Chelsea 1 x 1 Barcelona.
Chelsea
A formação do Chelsea foi um 4-2-3-1. Bosingwa (lateral-direito), Alex, Terry e Ashley Cole (lateral-esquerdo) foram os defensores. Os laterais não avançaram. No meio-campo, dois volantes de marcação (Essien e Ballack) ficavam atrás de uma linha de três mais à frente Anelka, Lampard e Malouda) e, no centro do ataque, Drogba. Digo centro do ataque porque, com a bola, o Chelsea avançava seus meias laterais (Malouda, pela esquerda, foi mais ativo que Anelka).
Com o meio-campo muito povoado, o Chelsea conseguiu anular uma das armas do Barcelona, que é a tabela no meio para fazer a bola chegar ao ataque. O Barcelona pouco ameaçou o Chelsea e só conseguiu finalizar no gol uma única vez.
Barcelona
O Barcelona atuou no 4-3-3, que se transformava em 3-4-3 porque Daniel Alves avança muito pela direita e atua como um meia pela direita ou ala-direito. A defesa, desfalcada de dois jogadores (Puyol suspenso e Marquez machucado), atuou com Touré (originalmente volante) pela direita, Piqué pelo centro e Abidal — que pouco avançou na lateral — pela esquerda.
O meio-campo contou com Busquets como único volante de marcação pela faixa central, Keita foi o meia pela esquerda e Xavi, o meia-armador pela direita. Iniesta (o melhor jogador do Barcelona na partida) desempenhou duas funções: meia-atacante e atacante pela esquerda. Messi iniciou a partida pela esquerda, entrando em diagonal pelo centro do ataque, e Eto'o foi o centroavante, mas também caindo pela esquerda.
Assim como no Camp Nou, o Barcelona teve dificuldades de vencer o bloqueio do meio-campo do time londrino. A bola chegou poucas vezes à área do Chelsea e as finalizações não levaram perigo à meta de Cech. Entretanto, a única vez que o time acertou o alvo, fez o gol da classificação.
Chelsea 1 x 1 Barcelona
18:26
1
Sem duvida foi um jogo muito mais emocionante que o primeiro, quando empataram por 0x0, na Espanha. Naquele jogo as equipes ficaram “estudando” as formas de atacarem, pois estavam cientes da dificuldade do jogo de volta. No jogo de ontem, quarta-feira, as equipes mostraram o verdadeiro jeito de se jogar futebol, ou seja, pra cima e com vontade. O Barcelona mostrou mais, principalmente com os três atacantes e com as subidas dos zagueiros, em especial o Pique.
Após o golaço de Essien (é isso mesmo?) o Chelsea recuou e sofreu pressão do Barcelona, que jogou de amarelo, mas não consegui furar o bloqueio londrino, que jogou com cinco no meio. Isso fez com que o Barça mantivesse mais posse de bola sim, mas a dificuldade de chegar ao gol era grande.. simplesmente pela embolação do meio campo. Claro que isso não deixou o jogo feio ou cadenciado, mas a dificuldade de atacar com eficiência era grande.
Quase no final da partida os técnicos se abraçaram. Ali já era um adeus? Para Iniesta não, que nos acréscimos, depois de um rebote, chutou de fora da área. O placar favorecia ao Barcelona, pois era a classificação para a final, que será disputada em Roma. Desolação é a palavra chave para a torcida do Chelsea, que desde os 8 minutos do primeiro tempo estava vencendo. O time sentiu também, mas teve força para ir ao ataque. Em um ataque perigoso o atacante Ballack pediu pênalti. Eu particularmente acho que não foi, mas a atitude desse jogador não foi a mesma minha, né? Na hora todos defendem os seus interesses, mesmo que não estejam cobertos com a razão. Mas esse lance me despertou porque o jogador reclamou quase agredindo o arbitro da partida, que nem amarelo deu. Pode ser que o juizão não se importou muito, mas a atitude do atleta não foi comum. Penso que pelo menos um cartão amarelo merecia sim.
Agora é esperar a grande final.
Um abraço,
Fernando Abi-Acl.