O Cruzeiro venceu o Atlético por 5 a 0, gols de Kléber, Leonardo Silva (2), Jonathan (2). Vamos à análise tática do jogo. (Veja também as análises táticas de Cruzeiro e Atlético em Esquema tático do Cruzeiro e em Esquema tático do Atlético Mineiro 2009).
Primeiro tempo
O Atlético foi superior ao Cruzeiro no primeiro tempo porque anulou a principal arma do adversário: o meio-campo. O técnico Emerson Leão congestionou o meio-campo com seis jogadores e, com isso, conseguiu maior posse de bola.
Com a ausência de Éder Luís, Leão escalou quatro volantes: dois marcadores (Renan e Rafael Miranda), um que caía pela direita (Márcio Araújo), quando tinha a posse de bola, e um que entrava pela meia-direita (Carlos Alberto). Lopes era meia pela direita e atacante. Vale salientar, ainda, que Rafael Miranda fez marcação homem-a-homem em Kléber. Atrás, três zagueiros e, pela ala esquerda, Júnior jogou com liberdade para subir ao ataque e armar a equipe.
O Cruzeiro, por sua vez, não fez marcação especial em Diego Tardelli, que teve muita liberdade no primeiro tempo. O time, que normalmente tem muita posse de bola, vivia de contra-ataques puxados por Wagner, Ramires, Thiago Ribeiro e Kléber. O primeiro gol, ainda no primeiro tempo, foi feito num contra-golpe.
Segundo tempo
Talvez por isso, Leão tenha voltado para o segundo tempo com mais um atacante (Kléber no lugar do volante pela direita Márcio Araújo). Não foi a ausência de Éder Luís nem a entrada de Soares (embora melhor que Thiago Ribeiro) os motivos da goleada, mas o gol no final do primeiro tempo.
Em igualdade numérica no meio-campo, com Júnior sem condições físicas de voltar para fazer a cobertura pelo lado esquerdo da defesa atleticana e com Lopes muito lento e sem preparo físico para executar duas funções (fechar o meio-campo e chegar ao ataque), o Cruzeiro tomou conta do jogo.
O Cruzeiro ganhou o meio-campo e passou a pressionar o Atlético em seu campo de defesa. Tanto que o segundo e terceiro gols saíram de cobranças de escanteio, sinal de que a equipe chegava mais ao ataque. As costas de Júnior foram mais exploradas por Jonathan e Soares, de onde saíram mais dois gols.
A entrada de Chiquinho (no lugar de Lopes) não surtiu muito efeito; Marcos Rocha entrou executando a mesma função de Werley (que aparentemente saiu machucado). Os desenhos táticos do segundo tempo só levaram em conta as substituições que representaram mudanças táticas. A entrada de Henrique no lugar de Fabrício não mudou o esquema do Cruzeiro, e a entrada de Wellington Paulista (saiu Kléber, aparentemente para evitar uma expulsão) piorou o ataque cruzeirense.
As análises dos clássicos carioca e paulista serão feitas na segunda-feira, depois de eu ver as reprises dos jogos.
Cruzeiro versus Atlético
18:50
9
1º - A seqüência, sem derrotas, do Cruzeiro continua nos clássicos.
2º - A torcida atleticana está com pontos negativos desde 2007. Não sei o que acontece, mas desde o ano citado a torcida comparece em números menores e não “empurra” o time durante os clássicos. Calada, quieta e se possível assentada. Já o lado Celeste se movimenta com cânticos contra o rival e a favor do Cruzeiro, claro.
Clássico de um nome apenas: Adilson Batista. Com boas alterações conseguiu furar o bloqueio que o técnico alvinegro fez. Leão tentou congestionar o meio campo para que o Cruzeiro não chegasse ao ataque, uma vez que o meio é uma das principais armas do Cruzeiro. Com o placar de 1x0 o Cruzeiro foi mais tranqüilo para o intervalo. Voltou pressionando, pois sabia que o placar de 1x0 era apertado. Como o Galo tinha que sair para o jogo para pelo menos tentar o empate, o Cruzeiro usou a inteligência e marcou o Atlético no campo de defesa, fazendo com que a equipe ficasse sem saída e cada vez mais nervosa. Aos poucos a “casa foi caindo” para o time de Vespasiano. Leonardo Silva faz 2x0.
O nervosismo aumenta mais e mais, pois com o placar dilatado Leão teria que abrir o time para tentar reagir.. e com isso o Cruzeiro jogaria nos contra-ataques com muita inteligência. Era um risco que deveria ter corrido sim, pois ficar na retranca não ajudaria em nada. Não ajudaria em nada mesmo, pois o Cruzeiro faria mais gols. Leão deixa o meio-campo mais solto e coloca um atacante. Kleber entra no lugar de Marcio Araújo. O jogo ficou aberto e o Cruzeiro sempre levando perigo ao gol de Juninho. Após a expulsão de Renan, meio campista alvinegro, o Cruzeiro teve mais liberdade ainda para atacar. O jogo ficou tenso e teve mais duas expulsões. Leandro Almeida (Atlético) Ramires (Cruzeiro).
Titulo definido? Acredito que sim. Assim como o técnico do Corinthians, Mano, Adilson Batista é um estrategista e sabe como “parar” a equipe do Có có có có. Não irá perder de 5x0 para o Atlético Mineiro. Por tanto, acho que o título já está na sede do Barro Preto.
Meritos para o Cruzeiro.. e não para os passes errados dos Atleticanos.
Um abraço,
Fernando Abi-Acl.
Muito bom o seu blog, meus parabéns. Quanto ao Cruzeiro, para mim, se não sofrer nenhum desmanche, ele é favorito ao título nacional ao lado de São Paulo e Internacional.
abraços